Hoje vamos falar um pouco sobre OBESIDADE. Já que esse
transtorno tem atingido proporções alarmantes em todos os cantos do mundo, é
muito importante falar cada detalhe sobre ele. Então, faremos mais de um post
para explicar e discutir sobre os principais pontos da obesidade.
QUAL A DEFINIÇÃO DE OBESIDADE?
A obesidade é considerada uma síndrome multifatorial, e de
acordo com o INBIO (Instituto Brasileiro Interdisciplinar da Obesidade), nessa
síndrome, a genética, o metabolismo e o ambiente interagem, assumindo
diferentes quadros clínicos, nas diversas realidades socioeconômicas.
Obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal,
que causa prejuízos à saúde do indivíduo. A obesidade coincide com um aumento
de peso, mas nem todo aumento de peso está relacionado à obesidade, a exemplo
de muitos atletas, que são “pesados” devido à massa muscular e não adiposa.
Existem diversas maneiras de classificar e diagnosticar a
obesidade. Uma das mais utilizadas atualmente baseia-se na gravidade do excesso
de peso, o que se faz através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC ou
Índice de Quetelet).
Sozinho, o IMC não é indicador suficiente da gravidade do
problema de peso em excesso, pois o tipo de distribuição dessa gordura pelo
organismo também é importante. Existem diversos tipos de obesidade quanto à
distribuição de gordura. Os mais característicos são o que dá ao corpo o
formato de uma maçã (mais comum em homens) e o que torna o corpo parecido com uma
pêra, fino em cima e largo nos quadris e nas coxas (mais comum em mulheres).
CAUSAS
As pessoas engordam por quatro motivos: comem muito, têm
gasto calórico diminuído, acumulam gorduras mais facilmente ou têm mais
dificuldade de queimá-las. As principais causas da obesidade são:
·
- Fatores genéticos
Crianças de pais obesos apresentam maior
risco de se tornarem obesas quando comparadas às crianças cujos pais apresentam
peso normal.
- Endocrinopatias
As doenças de origem hormonal são causas
raras da obesidade (inferior a 10% dos casos). Algumas delas são: síndrome
hipotalâmica, síndrome de cushing, hipotireoidismo, síndrome dos ovários
policísticos, pseudo-hipoparatireoidismo, hipogonadismo, deficiência de
hormônios do crescimento, insulinoma e hiperinsulinismo.
- Baixa atividade física
O exercício físico contribui com 8 a 20% do
gasto diário total de energia. Além disso, pode modular o apetite, pois ajuda a
regular os mecanismos cerebrais que controlam a ingestão de alimentos. Também
proporciona um aumento da massa corporal magra (músculos) e provoca alterações
enzimáticas que facilitam a queima de gordura nos tecidos, o que torna o
indivíduo ativo mais propenso a perder peso e a mantê-lo reduzido. Pessoas
sedentárias apresentam um gasto calórico reduzido e podem ter mais dificuldade
de queimar a gordura e mais facilidade para armazená-la.
- Alimentação
Como já vimos, a obesidade apresenta várias
causas, mas talvez a mais simples de ser compreendida e também a mais divulgada
(mas nem por isso a mais comum) seja um maior consumo de alimentos (calorias)
em relação a um menor gasto de energia. É preciso deixar claro que nem sempre
os gordos apresentam excesso de peso só porque comem muito, pois existem outros
motivos para o ganho de peso. No entanto, é bem verdade que, em muitos casos,
os exageros na alimentação são os responsáveis pelos quilos a mais.
CONSEQUÊNCIAS
Diversas patologias e condições clínicas
estão associadas à obesidade. Dentre eles: apnéia do sono, AVC (conhecido como
“derrame cerebral”), hipertensão arterial (pressão alta), diabetes melito,
dislipidemias, doenças cardiovasculares, vários tipos de câncer, entre outros.
Essa foi uma introdução para esse tema
complexo, dando a vocês uma base para que possam compreender melhor o próximo
post que será sobre a OBESIDADE: MUITO ALÉM DO PESO.
Post feito por Larissa Bispo - aluna de medicina - Unime - Lauro de Freitas.
Parabéns ! Gostei muito das imagens! Traz uma explicação mais lúdica!
ResponderExcluirHellen Leite
Parabéns pelo blog. Excelente fonte sobre transtornos alimentares.
ResponderExcluirMuito bom! Parabéns! :)
ResponderExcluirRealmente se a taxa de obesidade está de 17,9% no país, de acordo com Ministério da Saúde. Realmente, é algo com o que nos devemos nos preocupar! Gostei da iniciativa! Texto bem elaborado e desperta a atenção do leitor!
ResponderExcluirMais de 100 milhões de brasileiros estão acima do peso e 40 milhões são obesos, estando sujeitos a graves doenças.
ResponderExcluirParabéns
ResponderExcluirA obesidade está diretamente associada ao elevado número de mortes precoces, antes dos 70 anos, sendo comprovado que reduz, em média, 12 anos o tempo de vida. Apenas 5 porcento das pessoas q iniciam algum tipo de regime alimentar conseguem conservar o novo peso adquirido e , em média 01 ano após a perda de peso, 95 porcento voltam a situação anterior. Os índices relavionados a obesidade triplicaram nos últimos 08 anos, e ainda continuam em ascensão em proporções alarmantes. 7 entre 10 mortes, no Brasil e no mundo, estão relacionadas a doenças cuja obesidade é a principal causa. Portanto, para diminuirmos isso devemos ter a real compreensão do sentido da alimentação, nutrição e qualidade dos alimentos, causando e tratando a obesidade no aspecto físico, e principalmente, psicológico.
ResponderExcluirQuando é que um corpo de pêra, ou maçã é considerado "prejudicial"? Ou é sempre prejudicial?
ResponderExcluirO corpo em formato de pêra ou maçã é para ilustrar a distribuição da gordura corporal. Se essa percentagem de gordura estiver acima do normal, será sempre prejudicial. O IMC também deve ser levado em conta.
Excluir