sexta-feira, 19 de junho de 2015

Vigorexia: você conhece?


A Vigorexia, ou Transtorno Dismórfico Muscular é um distúrbio do espectro obsessivo-compulsivo. Assim como na anorexia, o indivíduo enxerga uma visão distorcida de si próprio. Enquanto os anoréxicos se veem sempre obesos, os portadores de vigorexia se veem sempre fracos, com pouca massa muscular.  
Essa busca obsessiva por contínuo ganho de massa muscular, para adequar-se aos padrões de beleza, leva os portadores de vigorexia a mudarem muito seus hábitos de vida, passando horas na academia, sempre aumentando os pesos, consumindo suplementos alimentares sem orientação, mudando radicalmente suas dietas, consumindo apenas proteínas, ou até usando anabolizantes.
Os portadores desse distúrbio podem desenvolver certos sinais e sintomas, como dores musculares e fadiga persistentes, devido ao overtraining; ritmo cardíaco elevado; maior susceptibilidade a infecções; e também problemas psicológicos, principalmente a depressão.
O vigoréxico pode colocar a sua obsessão por academia à frente de tudo na sua vida, deixando de manter contato com amigos e família e evitando programas que os impeçam de comparecer aos seus treinos. Assim, só se interessa por assuntos e práticas que se relacionem com a sua compulsão por corpos musculosos e academia.
Além de todos esses sintomas, o quadro dos portadores desse transtorno pode se agravar ainda mais com o uso de anabolizantes, prática muito difundida no mundo das academias. Essas substâncias, hormônios sintetizados a partir da Testosterona, propiciam ao usuário um aumento da massa muscular e da força mais fácil e rápido, por isso vêm a ser a escolha de muitos obcecados por academia.
Porém, os anabolizantes podem fazer muito mal à saúde de quem os usa. Esses hormônios podem causar engrossamento da voz (inclusive em mulheres), problemas sexuais, alteração do ciclo menstrual em mulheres, dores articulares, aumento da pressão sanguínea, problemas de colesterol, alterações nos testes de função hepática, tumores hepáticos, além de trazer grande risco de contaminação por HIV aos que compartilham seringas.

Em suma, um portador de vigorexia precisa ser tratado rapidamente, necessitando de auxílio médico, psicológico e nutricional. É muito recomendada a terapia cognitivo-comportamental, que os auxiliará a superar seu transtorno obsessivo-compulsivo.

sábado, 13 de junho de 2015

FIQUE DE OLHO NA ORTOREXIA !!!

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM ORTOREXIA ?! 

Quando se fala em transtornos alimentares, a primeira imagem que nos vêm à mente é a de pessoas esqueléticas, que se privam de comer ( como nos casos de bulimia e anorexia, já comentados aqui no blog) ou, ao contrário, aqueles que comem bastante e tornam-se obesos. Estas são as imagens mais típicas dos habituais tipos de transtornos alimentares, mas os especialistas descobriram recentemente que as pessoas estão a sofrer de outro tipo de transtorno alimentar e atribuíram-lhe um novo termo: ortorexia. Você conhece a ortorexia ?


O ortoréxico é aquele indivíduo que tem obsessão por uma dieta saudável. Aliás, mais que isso. Qualquer item considerado “impuro”, como aqueles que contêm corantes, conservantes, gorduras trans, excesso de sal ou açúcar,  e outros componentes é excluído da alimentação desse. Na maioria das vezes até a forma de preparo e os utensílios usados fazem parte das preocupações de quem tem ortorexia.

A restrição de determinados grupos de nutrientes na refeição corre sérios riscos de apresentar deficiência de algum nutriente essencial para a dieta. Isto pode desencadear anemia e avitaminose,por exemplo, comprometendo o bom funcionamento do seu organismo. Vale ressaltar que, de fato, o uso exagerado do sal ou açúcar  faz mal à saúde. O problema é que os portadores de ortorexia usam esses conhecimentos de forma exagerada, fazendo com que a dieta tome conta de suas vidas. Quando estão fora de casa, por exemplo, muitos indivíduos preferem ficar em jejum a ingerir algum alimento considerado impuro.


Um dos sinais causados pela ortorexia é o isolamento social. Como é muito difícil encontrar quem compartilhe dos mesmos hábitos, o portador do distúrbio prefere faltar a compromissos que envolvam comida – como um almoço em família – a ter que justificar suas escolhas ou ser tachado de neurótico. 

Nos dias atuais, em meio à febre da busca pelo corpo perfeito, esta postura de “tornar-se (extremamente) saudável” tem sido adotada por muitos jovens. Alguns deles chegam a passar um tempo alimentando-se apenas por alimentos ricos em proteínas, reduzindo ao máximo, ou até excluindo, qualquer item que contenha carboidrato da sua dieta. A maioria deles não sai de casa sem levar a boa é famosa “marmitinha”, para não cair na tentação de comer itens que estão fora da sua dieta. Assim, faz-se necessário ter atenção aos sinais ao transtorno da ortorexia para não deixar que a sua busca excessiva pela saúde torne-se algo patológico.


Como a ortorexia não é um transtorno alimentar reconhecido, não há um tratamento específico para o quadro. Geralmente, indica-se a combinação de terapia nutricional e psicoterapia para ajudar o paciente a mudar/entender melhor os conceitos reais sobre dieta saudável. Assim, espera-se alterar os padrões alimentares sem prejudicar a autoestima do paciente.

Agora você já sabe um pouco sobre a Ortorexia ! Fique de olho neste transtorno e ajude outras pessoas a conhecê-lo também !!! 

Até a próxima, 
Abraços.

Post feito por Raina Cerqueira.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Fome Fisiológica X Fome Psicológica: você sabe qual a diferença ?!

Será que sabemos diferenciar quando sentimos realmente a necessidade de comer e quando estamos apenas querendo comer? Há uma diferença entre a fome Psicológica e a Fome Fisiológica !! Você sabia ?! 

A fome pode se apresentar de maneira fisiológica, caracterizada pelo desconforto no estômago que sentimos quando nosso corpo necessita da ingestão de alimentos para seu metabolismo. Mas há também a fome psicológica que, apesar de parecer desconhecida é extremamente comum no nosso cotidiano, é aquela que implica em comer "apenas por que a comida está lá"; "porque alguém se preocupou em prepará-la"; "porque paguei pela comida", "porque tenho pena de jogar fora"; "porque me sinto ansioso"; "porque estou triste, frustrado, feliz, etc...". Esse tipo de fome emocional é a que faz as pessoas comerem mais e mais podendo, inclusive,  gerar o transtorno de compulsão alimentar.


Toda criança sabe pedir comida quando tem fome e parar de comer quando satisfeita. Crianças seguras aprenderam, através de incontáveis sequências de sentir fome e serem alimentadas, que o mundo responde às suas necessidades de maneira confiável. Ou seja,  cada vez que a criança sente fome e é alimentada, reforça-se a mensagem de que suas necessidades serão satisfeitas e, em conseqüência, ela se torna mais segura em sua relação com o alimento e a saciedade.
Infelizmente, em determinado ponto do caminho entre a infância e a idade adulta, vários fatores podem alterar essa relação com o alimento e a saciedade e abrir espaço para o transtorno de compulsão alimentar.
A fome emocional, como o próprio nome remete, possui relação com questões emotivas do indivíduo que utiliza da sensação prazerosa de comer como um centro de recompensa para seu estado psicológico. Essa fome não deve ser simplesmente ignorada, mas trabalhada. Devemos nos conhecer, saber identificar o que estamos sentindo e procurar melhorar. Viver as emoções e não descontar na comida. A comida, muitas vezes, causa uma sensação de alívio imediato, mas não a longo prazo. Após comer por fome psicológica, vem a sensação de culpa por ter comido, a sensação de fracasso, e isso nos deixa com mais fome psicológica.

Dicas para conter a fome emocional:
Quando identificar que está sentindo fome, e que esta fome está longe de ser fome fisiológica, procure fazer algo para se distrair.
1 - Se está executando uma atividade que o deixa entediado, em vez de buscar um lanchinho para distrair, levante e dê uma caminhada.
2 - Quando sentir-se irritado com algo, em vez de descontar na comida, se permita distanciar-se do problema e se distraia conversando com um colega, por exemplo. Isso trará uma sensação de alívio e relaxamento.
3 - Invista em alimentos ricos em triptofano, magnésio, cálcio, vitamina B6 a ácido fólico. Nutrientes que ajudam no relaxamento e a driblar o estresse. Consuma alimentos como banana, leite desnatado, cacau, carnes magras, aveia.

4 - Saboreie o alimento. Se der vontade de comer um doce em meio a fome emocional, se permita comer um pedaço, mas deguste. Se o alimento passar mais tempo na sua boca você se sentirá satisfeito com uma quantidade muito menor.


5 - Tenha horários estabelecidos para as refeições. Assim fica mais difícil comer “fora de hora”.

domingo, 7 de junho de 2015

Transtornos da Alimentação na Infância

O ato de alimentar-se para uma criança não é apenas algo com um fim nutritivo. A refeição é um ato social que põe a criança em contato com o mundo desde os primeiros dias de vida e constitui a base para a relação inicial mãe-bebê. Além disso, a depender das condições nas quais se efetua - rigidez de horários, metas de quantidade, dualidade do ambiente - pode assumir um caráter compensatório ou punitivo para os cuidadores (pai, mãe, babá) e funcionar como meio de troca para a criança.




De um modo geral, problemas na alimentação refletem mais um distúrbio sintomatológico do que um transtorno baseado em classificações patológicas e diagnósticas. Provavelmente por isso que sua definição, bem como o uso de terminologia padronizada e introdução nos manuais correntes de classificação psiquiátrica seja tão controversa. No entanto, na presença de prejuízo do desenvolvimento intelectual, social ou clínico da criança, é necessária uma intervenção especializada. Os transtornos alimentares da infância tem como participantes ativos o cuidador e a criança. Eles representam alterações da relação da criança com a alimentação e ocorrem precocemente na prática. São bastante diferentes daqueles que adolescentes e adultos sofrem, com causas, características e formas de tratamento distintas. Aqui, não parece haver uma preocupação excessiva com peso e/ou forma corporal.


DIAGNÓSTICO

Os transtornos alimentares são diagnósticos de exclusão. A antropometria (medidas do corpo) é o método preferencial para a monitorização do crescimento e detecção de crianças em risco nutricional. Formas eficientes de avaliação pondero-estatural incluem os gráficos para crianças e pré-púberes, principalmente como marcadores para perdas crônicas. É preciso o acompanhamento por pelo menos quatro meses para definir alterações, uma vez que o crescimento não se faz de forma linear. Todavia, a presença das repercussões sócio-emocionais deve ser bem caracterizada no cartão de acompanhamento da criança.

Perguntas que devem ser feitas pelo médico ou psicólogo, mas que pais também podem se basear.
Fonte: Kitade, Renata D. Transtornos alimentares na infância e na adolescência. 2008.



TIPOS DE TRANSTORNOS ALIMENTARES DA INFÂNCIA

Alguns critérios diagnósticos foram utilizados por pesquisadores para facilitar a identificação do transtorno e seu tratamento. As classificações apresentadas fazem parte do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) e da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10).

Pica ou Alotriofagia

Transtorno caracterizado pela ingestão de substâncias não-nutritivas, como terra, barro, cabelo, alimentos crus, cinzas de cigarro e fezes de animais. Pode tanto fazer parte de um comportamento psicopatológico isolado, como constituir um transtorno psiquiátrico mais global, como o autismo. É sabido que pica pode frequentemente estar associada a retardo mental, sendo, neste caso, este último o diagnóstico principal. Entretanto, a pica pode ocorrer em crianças com inteligência normal. Os critérios diagnósticos específicos são:

  • A. Ingestão persistente de substâncias não nutritivas por um período mínimo de 1 mês;
  • B. A ingestão de substâncias não nutritivas é inapropriada ao nível de desenvolvimento do indivíduo;
  • C. O comportamento alimentar não faz parte de uma práticas culturalmente sancionada;
  • D. Se o comportamento alimentar ocorre exclusivamente durante o curso de um outro transtorno mental (por ex., Retardo Mental, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Esquizofrenia), ele é suficientemente grave a ponto de indicar uma atenção clínica independente.

Transtorno de Ruminação


Caracteriza-se principalmente pela regurgitação ou remastigação de alimentos. Mais comumente vista nos bebês, também pode ser visto em crianças mais velhas quando acompanhado de retardo mental. Condições clínicas que podem vir acompanhas são perda de peso, desnutrição (principalmente em bebês que ingerem grandes quantidades de alimento e logo depois regurgitam), alteração do equilíbrio eletrolítico, desidratação e até a morte.


Problemas psicossociais tais como falta de estimulação, negligência, situações de vida estressantes e problemas no relacionamento pais-filho podem ser fatores predisponentes. Uma subestimulação do bebê pode ocorrer, caso o responsável desencoraje-se e afaste-se, em razão de experiências mal-sucedidas de alimentação ou do mau cheiro do material regurgitado. 

Os critérios diagnósticos para o transtorno são:
  • A. Regurgitação repetida e remastigação do alimento por um período de pelo menos 1 mês após um período de funcionamento normal;
  • B. O comportamento não é devido a uma condição gastrointestinal ou outra condição médica geral associada (por ex., refluxo esofágico);
  • C. O comportamento não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa ou bulimia nervosa. Se os sintomas ocorrem exclusivamente durante o curso de retardo mental ou transtorno global do desenvolvimento, eles são suficientemente graves a ponto de indicar uma atenção clínica independente.


Transtorno Alimentar da Primeira Infância

Pode ser explicado como uma dificuldade em se alimentar adequadamente, levando a uma perda ponderal ou falha em ganhar peso de forma apropriada. Os sintomas parecem não estar relacionados a nenhuma condição médica geral, a um outro transtorno psiquiátrico ou à falta de alimentos. Em alguns casos, problemas na interação entre os pais e a criança podem contribuir para exacerbar o problema alimentar do bebê (por ex., apresentação inapropriada de alimentos ou responder à recusa do bebê a alimentar-se como se este fosse um ato de agressão ou rejeição). A ingesta calórica inadequada pode realçar os aspectos associados (por ex., irritabilidade, atrasos do desenvolvimento) e contribuir ainda mais para as dificuldades de alimentação. Os critérios diagnósticos diferem um pouco dos outros:
  • A. Pertubação na alimentação, manifestada pelo fracasso persistente em comer ou mamar adequadamente, com fracasso significativo em ganhar peso ou perda significativa de peso ao longo do período mínimo de 1 mês;
  • B. A pertubação não se deve a uma condição gastrointestinal ou outra condição médica associada;
  • C. A pertubação não é melhor explicada por outro transtorno mental ou pela falta de alimentos;
  • D. O início ocorre antes dos 6 anos de idade.


Texto feito por Camile Santa Rosa.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Nutrientes: Importantes para a vida.

   Iniciando o dia, apresentamos aos nossos leitores um pouco sobre os nutrientes da dieta! O que são nutrientes? Quais suas importâncias? Quais suas fontes? Continue lendo para tirar algumas dúvidas que são mais comuns do que você imagina!


   Os nutrientes são algumas substancias que os seres vivos utilizam como base para fonte de energia. Nós, organismos heterotroficos, obtemos os nutrientes através da nossa dieta alimentar, devendo está ser variada, permitindo que o corpo humano seja suprido da sua demanda diária nutricional.


   A divisão dos nutrientes é estabelecida da seguinte maneira: macronutrientes (proteínas, carboidratos, lipídeos e fibras) e micronutrientes (vitaminas e minerais). Abaixo, abordaremos a importância de cada nutriente na dieta.

Proteínas: formadas por aminoácidos, as proteínas são importantes nutrientes principalmente de origem animal. São importanes agentes estruturais, genéticos, catalisadores, armazenadores e imunes do organismo. Suas fontes são ovos, carnes vermelhas magras, aves, peixes, frutos do mar, leite, oleaginosas...





Carboidratos: ou, mais comumente conhecidos, açúcares. Possuem função estrutural e energética (principalmente). Podem ser encontrados em massas, batata e sementes.




Lipídeos: a principal característica dos lipídeos é a sua insolubilidade em compostos polares. São responsáveis pela reserva energética, isolamento térmico e estruturação da membrana plasmática celular. São encontrados em óleos e gorduras.







Fibras: possuem função na motilidade intestinal, redução da fome e diminuição da absorção de carboidratos e lipídeos, sendo ótimas aliadas de uma alimentação saudável. São encontradas em cereais, frutas, vegetais e legumes.





Vitaminas: as vitaminas são utilizadas como “aditivos” do metabolismo celular, portanto, não são fonte de energias. São encontradas apenas em alimentos (não são sintetizadas pelo corpo humano), como frutas, carnes, leite e legumes.





Minerais: entre eles, cálcio, ferro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e zinco. São substâncias inorgânicas encontradas em ossos, dentes, músculos, células sanguíneas e sistema nervoso. Contribuem no equilíbrio do pH, equilíbrio osmótico, ritmo cardíaco, estímulos nervosos e entre outros. São encontrados em leite, nozes, carnes, sal de cozinha, frutas e ovos.



   Outro relevante ponto a ser discutido é a quantidade da dose de nutrientes ingerida. Não só sua falta, como também seu excesso, trazem consequencias drásticas ao homem, impactando até mesmo em sua rotina.

Por hoje é isso! Esperamos que tenham aprendido um pouco mais sobre a importância do balanceamento dos nutrientes na sua dieta. Qualquer dúvida ou tema a ser debatido, nossos comentários abaixo estão abertos! Continuem acompanhando o nosso blog e até o próximo post!

Postagem feita por Mariana Dultra.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

OBESIDADE: MUITO ALÉM DO PESO



Dando continuidade ao tema OBESIDADE, iremos abordar nesse post os sintomas psicológicos e os aspectos psicossociais envolvidos nesse transtorno alimentar. Além disso, falaremos um pouco sobre o tratamento da síndrome.


A obesidade pode ser considerada uma doença epidêmica de consequências comprometedoras tanto para a saúde física quanto para a saúde mental. Este distúrbio revela desordens físicas e psíquicas que se manifestam através do corpo.

As pessoas com excesso de peso podem experimentar dificuldades emocionais que não são mensuradas por testes psicológicos. Tais dificuldades podem se relacionar com questões específicas tais como frustrações pelo excesso de peso ou solidão, devido ao abandono de amigos por não entenderem o seu problema, e que estas dificuldades podem acarretar alguns distúrbios emocionais.
Pensando sobre a questão de o indivíduo obeso estar em contínuo sofrimento psíquico ao ter que enfrentar problemas como a frustração, o abandono, a solidão e a incompreensão, chega-se ao questionamento do porque o indivíduo continua com o comportamento de consumo exagerado de alimentos se é exatamente esse o motivo que desencadeia o seu sofrimento.

Tentando responder à questão acima é possível considerar que a obesidade é uma condição complexa no ser humano. E, considerar ainda, que na pessoa obesa existe uma disfunção dos mecanismos de saciedade e que o obeso não come de forma precipitada ou voraz, mas que ele come de forma continua enquanto houver comida disponível não sendo capaz de parar de comer.


A obesidade pode ser consequência de severas perturbações no comportamento alimentar, e deve ser caracterizada como um transtorno alimentar que constitui uma manifestação biopsicossocial influenciada por diversos aspectos em que o ser humano é envolvido. Dentre esses aspectos estão: a genética, o estresse, a baixa autoestima, a pressão cultural para uma forma corporal magra, a exposição a comportamentos disfuncionais relativos a alimentação, as dificuldades nas relações interpessoais. Esses aspectos conjugados a outros aspectos particulares do indivíduo resultam na instalação e manutenção desse tipo de transtorno.

Tratamento

O objetivo de tratar a obesidade hoje é alcançar um peso saudável e não mais o peso ideal. Mas o que seria o peso saudável? O das modelos e bailarinas extremamente magras ou dos artistas de televisão? Com certeza, não. O peso saudável é aquele adequado para desempenhar as atividades (internas e externas) do organismo, nem para mais, nem para menos. Trata-se de um peso onde as complicações associadas à obesidade são nulas ou mínimas.


O tratamento da obesidade varia de acordo com a gravidade da doença. Em alguns caso, são necessários medicamentos ou até mesmo intervenções cirúrgicas. No entanto, existem recomendações gerais adequadas para a grande maioria dos obesos: educação (ou reeducação) alimentar, atividade física e a participação familiar e comunitária nesse processo. 


Esse foi mais um post sobre obesidade. Se quiser saber mais sobre o tema, ou esclarecer alguma dúvida, deixe seu comentário com a pergunta que responderemos. Se gostou, não deixe de comentar também!!

Post feito por Larissa Bispo, aluna de medicina - Unime - Lauro de Freitas

segunda-feira, 1 de junho de 2015

OBESIDADE: A SÍNDROME DO SÉCULO XXI

Hoje vamos falar um pouco sobre OBESIDADE. Já que esse transtorno tem atingido proporções alarmantes em todos os cantos do mundo, é muito importante falar cada detalhe sobre ele. Então, faremos mais de um post para explicar e discutir sobre os principais pontos da obesidade.


QUAL A DEFINIÇÃO DE OBESIDADE?


A obesidade é considerada uma síndrome multifatorial, e de acordo com o INBIO (Instituto Brasileiro Interdisciplinar da Obesidade), nessa síndrome, a genética, o metabolismo e o ambiente interagem, assumindo diferentes quadros clínicos, nas diversas realidades socioeconômicas.
Obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que causa prejuízos à saúde do indivíduo. A obesidade coincide com um aumento de peso, mas nem todo aumento de peso está relacionado à obesidade, a exemplo de muitos atletas, que são “pesados” devido à massa muscular e não adiposa.
Existem diversas maneiras de classificar e diagnosticar a obesidade. Uma das mais utilizadas atualmente baseia-se na gravidade do excesso de peso, o que se faz através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC ou Índice de Quetelet).

Sozinho, o IMC não é indicador suficiente da gravidade do problema de peso em excesso, pois o tipo de distribuição dessa gordura pelo organismo também é importante. Existem diversos tipos de obesidade quanto à distribuição de gordura. Os mais característicos são o que dá ao corpo o formato de uma maçã (mais comum em homens) e o que torna o corpo parecido com uma pêra, fino em cima e largo nos quadris e nas coxas (mais comum em mulheres).


CAUSAS

As pessoas engordam por quatro motivos: comem muito, têm gasto calórico diminuído, acumulam gorduras mais facilmente ou têm mais dificuldade de queimá-las. As principais causas da obesidade são:
·        
  •      Fatores genéticos

Crianças de pais obesos apresentam maior risco de se tornarem obesas quando comparadas às crianças cujos pais apresentam peso normal.

  • Endocrinopatias

As doenças de origem hormonal são causas raras da obesidade (inferior a 10% dos casos). Algumas delas são: síndrome hipotalâmica, síndrome de cushing, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, pseudo-hipoparatireoidismo, hipogonadismo, deficiência de hormônios do crescimento, insulinoma e hiperinsulinismo.
  •  Baixa atividade física

O exercício físico contribui com 8 a 20% do gasto diário total de energia. Além disso, pode modular o apetite, pois ajuda a regular os mecanismos cerebrais que controlam a ingestão de alimentos. Também proporciona um aumento da massa corporal magra (músculos) e provoca alterações enzimáticas que facilitam a queima de gordura nos tecidos, o que torna o indivíduo ativo mais propenso a perder peso e a mantê-lo reduzido. Pessoas sedentárias apresentam um gasto calórico reduzido e podem ter mais dificuldade de queimar a gordura e mais facilidade para armazená-la.

  •  Alimentação


Como já vimos, a obesidade apresenta várias causas, mas talvez a mais simples de ser compreendida e também a mais divulgada (mas nem por isso a mais comum) seja um maior consumo de alimentos (calorias) em relação a um menor gasto de energia. É preciso deixar claro que nem sempre os gordos apresentam excesso de peso só porque comem muito, pois existem outros motivos para o ganho de peso. No entanto, é bem verdade que, em muitos casos, os exageros na alimentação são os responsáveis pelos quilos a mais.


CONSEQUÊNCIAS


Diversas patologias e condições clínicas estão associadas à obesidade. Dentre eles: apnéia do sono, AVC (conhecido como “derrame cerebral”), hipertensão arterial (pressão alta), diabetes melito, dislipidemias, doenças cardiovasculares, vários tipos de câncer, entre outros.


Essa foi uma introdução para esse tema complexo, dando a vocês uma base para que possam compreender melhor o próximo post que será sobre a OBESIDADE: MUITO ALÉM DO PESO.


Post feito por Larissa Bispo - aluna de medicina - Unime - Lauro de Freitas.