quarta-feira, 10 de junho de 2015

Fome Fisiológica X Fome Psicológica: você sabe qual a diferença ?!

Será que sabemos diferenciar quando sentimos realmente a necessidade de comer e quando estamos apenas querendo comer? Há uma diferença entre a fome Psicológica e a Fome Fisiológica !! Você sabia ?! 

A fome pode se apresentar de maneira fisiológica, caracterizada pelo desconforto no estômago que sentimos quando nosso corpo necessita da ingestão de alimentos para seu metabolismo. Mas há também a fome psicológica que, apesar de parecer desconhecida é extremamente comum no nosso cotidiano, é aquela que implica em comer "apenas por que a comida está lá"; "porque alguém se preocupou em prepará-la"; "porque paguei pela comida", "porque tenho pena de jogar fora"; "porque me sinto ansioso"; "porque estou triste, frustrado, feliz, etc...". Esse tipo de fome emocional é a que faz as pessoas comerem mais e mais podendo, inclusive,  gerar o transtorno de compulsão alimentar.


Toda criança sabe pedir comida quando tem fome e parar de comer quando satisfeita. Crianças seguras aprenderam, através de incontáveis sequências de sentir fome e serem alimentadas, que o mundo responde às suas necessidades de maneira confiável. Ou seja,  cada vez que a criança sente fome e é alimentada, reforça-se a mensagem de que suas necessidades serão satisfeitas e, em conseqüência, ela se torna mais segura em sua relação com o alimento e a saciedade.
Infelizmente, em determinado ponto do caminho entre a infância e a idade adulta, vários fatores podem alterar essa relação com o alimento e a saciedade e abrir espaço para o transtorno de compulsão alimentar.
A fome emocional, como o próprio nome remete, possui relação com questões emotivas do indivíduo que utiliza da sensação prazerosa de comer como um centro de recompensa para seu estado psicológico. Essa fome não deve ser simplesmente ignorada, mas trabalhada. Devemos nos conhecer, saber identificar o que estamos sentindo e procurar melhorar. Viver as emoções e não descontar na comida. A comida, muitas vezes, causa uma sensação de alívio imediato, mas não a longo prazo. Após comer por fome psicológica, vem a sensação de culpa por ter comido, a sensação de fracasso, e isso nos deixa com mais fome psicológica.

Dicas para conter a fome emocional:
Quando identificar que está sentindo fome, e que esta fome está longe de ser fome fisiológica, procure fazer algo para se distrair.
1 - Se está executando uma atividade que o deixa entediado, em vez de buscar um lanchinho para distrair, levante e dê uma caminhada.
2 - Quando sentir-se irritado com algo, em vez de descontar na comida, se permita distanciar-se do problema e se distraia conversando com um colega, por exemplo. Isso trará uma sensação de alívio e relaxamento.
3 - Invista em alimentos ricos em triptofano, magnésio, cálcio, vitamina B6 a ácido fólico. Nutrientes que ajudam no relaxamento e a driblar o estresse. Consuma alimentos como banana, leite desnatado, cacau, carnes magras, aveia.

4 - Saboreie o alimento. Se der vontade de comer um doce em meio a fome emocional, se permita comer um pedaço, mas deguste. Se o alimento passar mais tempo na sua boca você se sentirá satisfeito com uma quantidade muito menor.


5 - Tenha horários estabelecidos para as refeições. Assim fica mais difícil comer “fora de hora”.

Um comentário:

  1. Deu fome só em pensar que eu tenho esse transtorno alimentar 😁. Ótimo texto doutoras. Estão de parabéns.

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